AgNest Day
ONDE: Fazenda Experimental AgNest – Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna – SP
26 de setembro de 2024
QUERO SABER MAISFevereiro, para muitos, é o mês da folia, de aproveitar o verão e viver o Carnaval agitado. Mas, para outros, pode ser um período difícil quando se trata de agricultura. Os desafios se dão por conta do La Niña, um fenômeno climático que está influenciando as temperaturas e o humor dos agricultores e consumidores desde setembro de 2020.
Conhecido por resfriar de forma anormal a água do Oceano Pacífico, o La Niña provoca mudanças atmosféricas e pode ser sentido em diferentes localidades do globo. No Brasil, o impacto pode chegar através de chuvas intensas nas regiões Norte e Nordeste, enquanto causa calor e seca fortes no Sul.
Quando as águas do Oceano Pacífico não estão sob influência do La Niña, os ventos alísios sopram para o oeste, ao longo da Linha do Equador. Com isso, para substituir a água quente, a água em menor temperatura vai para a região mais próxima da superfície, o que faz os ventos alísios ficarem mais úmidos, levando chuvas para as regiões mais próximas.
Mas quando essas águas estão sob influência do La Niña, a água resfria e esse processo não ocorre da maneira como deveria, diminuindo a incidência de chuva na região Sul, o que causa a seca, e a aumentando nas regiões Norte e Nordeste.
Para explicitar os fenômenos nas regiões mais afetadas, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um boletim agroclimático em janeiro com as principais expectativas sobre o impacto do La Niña no primeiro trimestre de 2023.
Para a Região Sul, a expectativa é de que chuvas próximas ou abaixo da média atinjam os estados. Com isso, a seca aumenta e afeta negativamente a produção de alimentos, principalmente em fases mais sensíveis do desenvolvimento de plantas como a soja, o milho e o feijão, que precisam de momentos climáticos mais favoráveis aos de seca.
Já na parte central do Brasil, na região de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, são esperadas chuvas irregulares e abaixo da média para o período.
Essa diminuição das chuvas tem um impacto intensamente negativo para a indústria do agro. De acordo com a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul, os prejuízos na produção de soja e milho no estado ultrapassaram R$ 19,7 bilhões no início do ano passado.Recentemente os problemas também têm afetado as plantações da região Sul. O município de São Francisco de Assis, por exemplo, soma prejuízo de até 80% nas plantações por conta da seca, de acordo com a Emater.
Com isso, o impacto negativo também chega aos consumidores. Com a seca prejudicando as produções, há menor quantidade de alimentos, o que aumenta o preço dos alimentos no mercado. Assim, o bolso também pesa para quem está em casa.
Principais fontes: Inmet; Canal Agro; Valor; GZH
Foto principal: Adobe Stock
Foto secundária: Pexels
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