Celebrado principalmente no dia 10 de maio e, em algumas regiões, no quinto dia do mês, o Dia do Campo chama a atenção para a importância deste setor para a sociedade. No Brasil, a alta produtividade no campo contribui para os bons resultados na exportação de produtos. Isso porque o agronegócio é responsável por 52,2% das exportações brasileiras e, sem as atividades dedicadas ao campo, isso não seria possível.
Essa relação entre o campo e o agronegócio também pode ser claramente notada nos resultados econômicos do País. Com a considerável parcela de contribuição das atividades rurais, principalmente com os investimentos em tecnologias de melhoria no desempenho, o agronegócio teve uma participação de 24,8% do produto interno bruto de 2022. O dado é de um estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).
E essas atividades responsáveis pelo desenvolvimento nacional do setor se equiparam através da legislação. Desde 1970, com o decreto Lei nº 1.146/70, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é o responsável por regulamentar e executar as políticas agrárias no território nacional.
Além disso, as atividades do campo envolvem uma parcela considerável da população. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do Censo de 2010, 84,4% da população brasileira vive em áreas urbanas e 15,6%, em zonas rurais.
Entre esses moradores do campo, estão aqueles que dedicam a vida à agricultura familiar. De acordo com o Censo Agropecuário, realizado pelo IBGE, a agricultura familiar é responsável por 77% dos estabelecimentos agrícolas do Brasil. Isso quer dizer ainda que a prática emprega 10 milhões de pessoas.
Vale destacar também que essas atividades têm sido impulsionadas pelo investimento em tecnologias. A demanda interna por alimentos, por matéria-prima e por outros produtos essenciais do campo, leva os produtores a buscar rapidez e agilidade na tecnologia.
Além de toda a contribuição econômica, social e para o sistema do agronegócio, o campo também se destaca em questões relativas à saúde das pessoas e do planeta. É preciso aumentar a garantia de saneamento básico, a força de trabalho das mulheres, o uso de água, e o investimento em tecnologias sustentáveis, por exemplo.
Mas não dá para deixar de falar sobre a cultura no campo. Embora a relação campo e cidade tenha mudado bastante ao longo do tempo, assim como a visão sobre tal do ponto de vista histórico, a cultura no campo tem algumas particularidades com relação à urbana. Principalmente, por conta do modelo de trabalho e consequentemente do modo de vida oriundo dessa organização. A vida no campo, se limitarmos àquela sem muita influência direta no cotidiano pela cidade, temos um estilo de vida mais simples, sem muito apelo ao consumo, e maior valorização por hábitos alimentares mais naturais, maior contato com a natureza e muita influência da cultura sertaneja seja musicalmente como também nas vestimentas, pratos típicos e afins.
Todos esses assuntos você pode conferir aqui no Entre Solos para ficar por dentro de tudo o que envolve o campo!