Não é novidade que o contato com a natureza faz bem à saúde mental das pessoas. Mas quando a ciência traz dados que comprovam benefícios para a saúde física e mental de todos, é preciso aumentar a atenção para essa informação.
Na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, foi realizado um estudo com mulheres entre 26 e 49 anos. E as conclusões foram muito positivas. Segundo os pesquisadores da Universidade da Florida, quanto mais contato com a natureza, maior a sensação de bem-estar e os benefícios psicológicos. Quem pratica atividades como: semear, transplantar plantas, colher e saborear plantas comestíveis, acaba por fazer uma espécie de terapia para controlar o estresse emocional, ainda segundo a pesquisa.
Todas as participantes do estudo possuíam histórico de crises de ansiedade ou depressão. As participantes foram divididas em dois grupos: uma foi direcionada para a prática da jardinagem, o outro foi ter aulas de arte.
O autor do estudo, Charles Guy, diz ter sido fundamental a escolha dessas duas atividades para diferenciar os resultados finais. “As atividades de jardinagem e arte envolvem aprendizado, planejamento, criatividade e movimento físico, e ambas são usadas terapeuticamente em ambientes médicos. Isso as torna mais comparáveis, cientificamente falando, do que, por exemplo, jardinagem e boliche ou jardinagem e leitura”, relatou o pesquisador.
E Guy complementa sua explicação: “Estudos anteriores mostraram que a jardinagem pode ajudar a melhorar a saúde mental de pessoas que têm os mais variados problemas. Nosso estudo mostra que pessoas saudáveis também podem experimentar um aumento no bem-estar mental por meio da jardinagem”.
As participantes preencheram formulários que mediam os índices de humor, ansiedade, depressão e níveis de estresse e, graças a isso, foi possível constatar que as mulheres que fizeram as atividades de jardinagem tiveram índices melhores que as que foram para a turma de arte, com ênfase para os sintomas de ansiedade.