Como um país com aspectos favoráveis à geração de energia renovável, o Brasil se destaca internacionalmente atraindo investimentos para geração e desenvolvimento energético. As fontes renováveis de energia são aquelas oriundas de recursos naturais providos pela própria natureza. São exemplos dessas fontes a energia solar/fotovoltaica, eólica, geotérmica, das marés e da biomassa. No caso pode-se ter essa energia na forma de energia elétrica, ou na forma de biocombustíveis.
De acordo com um ranking de 2020 da pesquisa anual Climatescope, da Bloomberg NEF (BNEF), o Brasil foi o país emergente que mais atraiu investimentos estrangeiros para energia renovável entre os anos de 2008 e 2019. Segundo a última pesquisa, de 2021, o Brasil caiu para a oitava posição, por conta principalmente da dispersão de investimentos dos mercados emergentes para os países desenvolvidos, considerados menos arriscados.
O setor foi fortemente impactado pela pandemia de Covid-19. Ainda segundo o estudo, países emergentes receberam US$67 bilhões a menos de investimento para transição energética quando em comparação com países desenvolvidos. A mudança de comportamento dos investidores se deu em um momento de busca por maior segurança no mercado, levando a uma queda de 9% no investimento em países menos desenvolvidos entre 2019 e 2020, e um aumento acumulado de 24% nos países desenvolvidos.
Um estudo realizado pela Ernst & Young mostrou que Estados Unidos, China e Reino Unido lideram os resultados. Ainda assim, vale salientar que o Brasil é o país com maior capacidade de geração de energia renovável da América Latina.
A partir desse contexto, vale lembrar que o País se compromete a promover mudanças nesse sentido, tendo em vista os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), mais especificamente o ODS 7 – Energia Limpa e Acessível. Uma das metas estabelecidas define que o Brasil deve, até 2030, manter elevada a participação de energias renováveis na matriz energética nacional. Para o mesmo período, também tem como objetivo aumentar a taxa de melhoria da eficiência energética da economia brasileira.
No agronegócio brasileiro, por exemplo, como uma das principais atividades econômicas do Brasil, a necessidade de se reinventar para acompanhar as mudanças socioambientais e se manter no topo da cadeia produtiva é uma constante. Nesse sentido, apesar do petróleo ainda ser a fonte mais utilizada, um elemento essencial do agro brasileiro ocupa o segundo lugar: a cana-de-açúcar. Dela, vem a maioria dos subprodutos responsáveis pela geração de 8,3% da eletricidade do País.
Na busca pela melhoria dos resultados neste segmento, e pela mudança de sua reputação no âmbito internacional, entre os dias 6 e 18 de novembro de 2022, conforme comunicados oficiais, o Brasil deverá se apresentar como a principal fonte para investimentos internacionais, em consonância com as suas condições de produção energética verde e renovável. A intenção de se comprometer como fonte de energias renováveis para todo o planeta, acontecerá na 27ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), mais comumente referida como COP27, em Sharm el-Sheikh, no Egito.