Combater a fome e desenvolver a melhoria da geração de energia no mundo não são preocupações de um ou outro país. Estamos num momento em que todas as nações se voltam para garantir a segurança alimentar à população e também a segurança energética. Prova disso é o tema de uma das mais recentes reuniões das maiores economias mundiais, o G20.

No encontro realizado em julho em Bali, na Indonésia, os principais temas abordados foram o Multilateralismo e Segurança Alimentar e Energética. Especialmente levando-se em conta o contexto internacional de recuperação pós-pandemia, as tensões geopolíticas e a interrupção dos sistemas de produção de alimentos e de energia.

E onde está o Brasil nesse contexto? Nosso país tem se comprometido a atuar em defesa da renovação e do fortalecimento do multilateralismo, da resolução pacífica dos conflitos, do respeito ao Direito Internacional Humanitário e da reforma de organismos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a Organização das Nações Unidas (ONU).

Também é papel do Brasil defender a atuação coordenada da comunidade internacional para estabilização dos mercados internacionais de energia e de alimentos, além de insumos críticos para o país, como os fertilizantes.

A ministra das Finanças da Indonésia, Sri Indrawati, afirmou durante a reunião, que os riscos à segurança alimentar mundial estão sofrendo um efeito cascata. Reforçou o perigo que países emergentes e populações com baixa renda estão correndo diante das dificuldades de produção e distribuição de alimentos em todo o mundo.

As discussões em Bali serviram de base para os preparativos dos debates que ocorrerão nos dias 15 e 16 de novembro, na Reunião de Líderes do G20. O G20 reúne países que representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global, 75% das exportações, cerca de 70% dos investimentos diretos estrangeiros e 60% da população mundial. É considerado o principal fórum de cooperação econômica internacional.