A promoção da diversidade no ambiente corporativo vai além da contratação de pessoas LGBTQIA+. O papel dos líderes e gestores das empresas é abrir o diálogo, desmistificar, explicar o tema aos colaboradores. É criar um espaço de conversa e estabelecer os combinados, os comportamentos admitidos e aqueles não tolerados, e, ainda, criar estruturas de auditoria para acolher denúncias. A partir dessa construção, baseada em respeito e inclusão, será possível maior inovação e produtividade.
Mas, na prática, não é isso o que acontece. Uma pesquisa realizada com 2.168 entrevistados pela consultoria Mais Diversidade para mapear o perfil das pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho revela que mais da metade dos entrevistados (54%) não sente segurança para falar abertamente sobre a própria orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente profissional. “Isso traz impacto muito grande de saúde mental e de produtividade. Além de não estar ali por inteiro, a tendência é que a pessoa saia daquela organização”, comenta Ricardo Sales, sócio fundador da Mais Diversidade.
Segundo Sales, além da contratação e do desejo de tornar um ambiente de trabalho mais diverso, é preciso haver um esforço intencional da organização para que esta integração de fato aconteça.