O Ministério de Minas e Energia e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram recentemente o segundo informe técnico da série “O papel das cidades no uso da energia“. O texto fala das iniciativas que podem ser tomadas no ambiente urbano para contribuir com a economia de baixo carbono, por meio de sistemas energéticos mais sustentáveis. A série foi criada considerando a importância da temática “cidades inteligentes e sustentáveis” para compreender o futuro do uso de energia.

Dentro deste contexto, a EPE tem contribuído com informes técnicos em que são propostos diversos questionamentos, trazendo contribuições importantes para o debate com a sociedade.

O primeiro informe da série é: “O que são cidades inteligentes e sustentáveis?” e o segundo informe é: “Iniciativas nas cidades para o uso inteligente da energia”.

Entre as principais oportunidades de melhoria e colaboração nesse caminho mais sustentável, os centros urbanos possuem acesso mais fácil à educação, recursos e serviços do que o campo (Glaeser, 2011), mesmo com a recente expansão das redes de comunicação e mídias digitais para cidades menores e áreas rurais.

A energia é um componente fundamental nesse processo e se destaca pelas diferentes formas como as pessoas podem utilizá-la no dia a dia das cidades com objetivos e finalidades variados. Porém, a adequação do uso da energia disponibilizada tem sido um problema ao longo do tempo, seja pela escassez de fornecimento (via oferta) ou pelo crescimento da demanda nos núcleos urbanos.

Por isso, o maior desafio para conseguirmos fazer a transição do sistema energético para uma economia de baixo carbono está diretamente relacionado às diferentes características do ambiente urbano. A começar pela economia circular, seguindo para a eficiência energética nas edificações, o uso de recursos energéticos distribuídos (RED) e a adaptação da mobilidade urbana. Estas são apenas algumas das principais formas de usar e promover o uso inteligente da energia nas cidades. Afinal, o conceito de uma “cidade inteligente” está intimamente ligado à adoção de tecnologias que possam tornar as cidades mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida de sua população.