A agricultura brasileira conquistou espaço de sucesso na 27ª Conferência das Partes. Durante o evento, o vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Rattan Lal, visitou o estande do Brasil. Além de ganhador do Nobel de 2007, ele é professor universitário de Ciência do Solo e diretor do Centro de Gerenciamento e Sequestro de Baixo Carbono da Universidade Estadual de Ohio, e vencedor do Prêmio Mundial da Alimentação, em 2020.

Ele, que já esteve no País, participou do painel sobre Segurança Alimentar e Paz, e elogiou o processo de conservação na agricultura e afirmou que houve evolução ao longo dos últimos anos: “Testemunhei um milagre acontecendo no Brasil devido à excelência na ciência, à transformação da ciência em realidade e às boas políticas.”

Ainda no evento, comentou sobre diferentes formas de manejo do solo e a necessidade de racionalização da água, que é amplamente destinada à agricultura no mundo todo. 

Ele afirmou ainda que a prioridade global de maior dificuldade é garantir a segurança alimentar. Conforme explicou, devem ser tomadas ações a partir de estratégias de aumento de produtividade. Ou seja, maior produção de alimentos em menores porções de terra e menor uso de insumos.

Para ele, o destaque do Brasil é o campo científico e o seu empenho no desenvolvimento da agricultura. Um de seus maiores anseios é conquistar esse patamar na África, como explicou durante o painel: “A revolução verde ainda não aconteceu lá e as colheitas são muito baixas. Se conseguirmos essa cooperação entre Brasil e os países da África Subsaariana, isso iria trazer uma revolução para a agricultura africana. Eles têm recursos naturais no que diz respeito à terra, água, chuva, clima e ecossistema. É só uma questão de vontade política para traduzir ciência em ação. Eu acho que o Brasil pode ajudar com essas políticas na África.”